sábado, 14 de abril de 2012

Amazonas-Douro: 9 anos entre o porto seguro e o além mar


Aprofundar questões filosóficas que resgatam e radicalizam a arte. Apossar-se da natureza mítica, simbólica e dionisíaca do cinema. Projetar esta magia no imaginário de todos que o realizam. Desabrochar nos corações e mentes o estado absoluto da comunhão da arte com a poesia. Em síntese, são estes os objetivos do Cineclube Amazonas Douro, que comemora este mês 9 anos der existência.
A programação acontecerá às 19H desta quarta 18 de abril), no Instituto Nangetu (Pirajá, 1194 - entre Duque e 25). “Uccellacci, uccellini”, do italiano Pier Paolo Pasolini (PPP) é o filme a ser exibido. O crítico Mateus Moura dinamizará a sessão, que terá comentários do pesquisador catalão Antônio Gimenez, autor do livro “Una fuerza del pasado. El pensamiento social de Pasolini” (Editora Trotta, 2003 / 168 pg).
O Cineclube – Ainda no ano de 2003, antes mesmo de marcar a data de sua fundação, o Cineclube Amazonas Douro organizou em Belém o Concílio Artístico Luso-Brasileiro, do qual participaram o realizador brasielrio José Mojica Marins, o Zé do Caixão, e Sério Fernandes, Mestre de cinema da Escola do Porto. Os dois são presidentes de honra da entidade.
Da pauta do Concílio, constavam ações de intervenção artística e social, além de conferências, oficinas e projeções de filmes em vários suportes. Através deste Concílio, foi produzido e realizado, coletivamente, o filme “Pará Zero Zero”, que deu mote a um projeto literário de mesmo nome.
Sob a coordenação do poeta e realizador Francisco Weyl, o Cineclube Amazonas Douro realiza ações de intervenção artística e social, estabelece a comunhão artística entre poetas e realizadores, em encontros em que se fazem projeções de filmes, exposições de fotografias, leituras de poemas e conferências artísticas e filosóficas, e também via projetos editoriais e outros articulados a Internet com os mesmos propósitos.
“Nosso objetivos são conquistados com o cinema poético, que ainda resiste de forma independente e se realiza fora do domínio da cultura técnico-comercial e ao leste de Hollywood, um cinema criado sem economia de esforços e com a coragem absoluta de afrontar o lugar comum das produções cinematográficas financiadas pela indústria cultural global”, afirma Weyl.
Princípios - Situado numa fértil região em que as relações de poder germinam as próprias contradições, o cinema, arte e indústria em simultâneo, fabrica e destrói sonhos, escreve com fotogramas a história do homem: conscientiza, ilude, diverte, reflete, propõe, aliena, dicotomiza, supera diferenças. Pensado e realizado neste campo paradoxal e inspirado fundamentalmente na poética de realizadores como Antônio Reis e Glauber Rocha, o projeto do Cineclube Amazonas Douro afirma uma concepção estética em que a sua natureza filosófica restitui ao cinema o próprio estado de magia dionisíaca.
O Filme - De origem italiana, “Uccellacci, uccellini” foi traduzido para o português ou como “Gaviões e passarinhos” ou “Passarinhos e passarões”. No Brasil, o filme estreou no dia 4 de maio de 1966, ano em que também integrou a seleçãoloficial do Festival de Cannes. Enquadrado no gênero comédia, o filme, à preto e branco, dura 89 minutos, e narra a saga da viagem de pai (Totó) e filho (Ninetto Davoli), ambos trabalhadores proletários. A meio caminho de uma estrada deserta, eles encontram um corvo que fala e tem ideais. O trio faz uma longa viagem e o homem e o filho regressam ao passado onde São Francisco os manda converter os pardais e os falcões, mas a fome aperta e o pai faminto faz da ave o seu jantar. É, pois, uma parábola ferina de PPP (*1922+1975) sobre o universo dos marginalizados, tão comum à obra do autor de “Accatone” “Mamma Roma”, “Salô”, entre outras.
Serviço – 9 anos do Cineclube Amazonas Douro. Projeção do filme “Uccellacci, uccellini”, de Pier Paolo Pasolini. Quarta, dia 18, às 19H. Instituto Nangetu (Pirajá, 1194 - entre Duque e 25). Dinamização: Mateus Moura. Cometários: Antônio Gimenez. Apoio: Instituto Nangetu. Antes da sessão será exibido o curta “O chapéu do metafísico”, de Francisco Weyl, ganhador do grande prêmio do Douro Film Festival (2006).
© Francisco Weyl
Carpinteiro de Poesia e de Cinema
Coordenador do Cineclube Amazonas Douro

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cinema de Rua concorre ao Prêmio ANU


A Central única das Favelas – CUFA abriu o processo de votação do Prêmio ANU e o projeto CINEMA DE RUA foi selecionado à competição, que acontecerá em duas etapas, uma estadual e outra nacional. Para votar basta acessar o site www.premioanu.com.br e se cadastrar.
Realizado pelo Cineclube Amazonas Douro em cooperação com a Rede Aparelho e o projeto Resistência Marajoara,o CINEMA DE RUA é uma séria pratica de intervenção artística e social, com uma dimensão necessariamente histórica, que consolida e divulga a arte cinematográfica, através de sessões cineclubistas nas ruas e praças periféricas da cidade de Belém do Pará.
De acordo com o autodenomidado carpinteiro de poesia Francisco Weyl, a proposta é trabalhar a organização de coletivos e o maior objetivo é levar o cinema para o povo, com um princípio ético e com um perfil diferenciado do grande cinema (“enlatado”), muito mais próximo aos interesses do mercado e da indústria cultural.
“O CINEMA DE RUA propõe a articulação da comunidade da periferia de Belém, através de diálogos e sessões cineclubistas centrados na solidariedade e na educação social, tornando-se dessa forma num instrumento de resistência e de organização social que aprofunda questões filosóficas de forma a que as pessoas que entram em contato com este projeto sejam instigadas a se apossar da natureza mítica, simbólica e dionisíaca da arte cinematográfica”, esclarece Weyl.
Ao projetar filmes de realizadores paraenses, da Amazônia e de outros rincões do país, desde que feitos com critérios que não o do lucro financeiro, o CINEMA DE RUA estabelece canais de diálogos e parcerias artísticas e sociais comunitárias com o foco na produção crítica do pensamento e na execução radical das ações de intervenção artística e social.
O cinema assim entendido – na rua -, ele se transubstancia. E a cidade com seus cidadãos passam a compor um novo filme, ao mesmo tempo em que desenham um novo cenário para este mesmo filme, feito desde e neste encontro confronto/convergência. É o cinema que finalmente chega até as gentes para as quais a arte deve ser direcionada.
“Quando o CINEMA DE RUA monta o circo, instala equipamentos (projetor, caixa de som, e a “panada” que substitui ao telão), ele chama a atenção da comunidade para a sua ação e imediatamente há uma ruptura com um conjunto de estruturas subjacentes ao grande cinema industrial, que limitam a criatividade humana, tornando-a simples expectadora”, finaliza.
.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

A onda cineclubista do Tapajós



A tutora do programa Telecentros.BR, ADRIANE Gama, que também é ativista de software livre, vai estar à frente da OFICINA e dos DIÁ-LOGOS CINECLUBISTAS, que rolam, respectivamente, dias 31 de agosto (das 14H às 18H) e dia 2 de setembro (das 9H às 13H), no campus do IFPa, em Santarém.
Coordenadora de articulação regional da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes, Adriane toca o Cineclube da CASA BRASIL, da qual é coordenadora, além de ser uma das principais articuladoras do CINE PURAQUÉ e de estimular os monitores do Telecentros.BR de Santarém a desenvolverem atividades cineclubistas.
Ela afirma que trabalha forte com cineclubes porque acredita na possibilidade de democratização da linguagem cinematográfica, motivo pela qual ela convida pessoas para as sessões que dinamiza.
“O cineclube é uma forma de mudar a consciência critica das pessoas, quem tem este conhecimento vai longe, quando eu falo com as pessoas sobre estas ações, sinto que elas estão empolgadas para participar, seja do diálogo, seja do cineclube, que é uma ação colaborativa transformadora.

DIÁLOGOS - Os Diá-logos CINECLUBISTAS, que são experiências promovidas com parceiros artísticos, culturais e sociais, sob responsabilidade da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes, em parceria com o programa nacional de inclusão digital Telecentros.BR. Dessa vez, entretanto, dentro do FASOL – Fórum Amazônico de Software Livre, e com apoio da ONG Puraqué e projeto Network HACK-LAB.
A experiência garante ampla participação democrática de pessoas, grupos, coletivos, entidades, instituições e empresas que desenvolvem ações cineclubistas e/ou que realizam, produzem, pesquisam cinema e o audiovisual em geral, nas reflexões, formulações de pensamentos e proposições de projetos, programas e ações de natureza cineclubista.

Serviço – OFICINA DE CINECLUBISMO. Dia 31 de agosto, das 14H às 18H. DIÁLOGOS CINELCUBISTAS. Dia 2 de setembro. Das 9H às 12H. Local. IFPa, Santarém, Pará. Realização: PARACINE. PARCERIA: Telecentros.BR + FASOL + Network HACK-LAB + Puraqué. Coordenação: Adriane Gama, Arthur Leandro, Francisco Weyl.

© ATIVADORES AMAZÔNIDAS


A onda cineclubista do Tapajós


A tutora do programa Telecentros.BR, ADRIANE Gama, que também é ativista de software livre, vai estar à frente dos OFICINA e dos DIÁ-LOGOS CINECLUBISTAS, que rolam, respectivamente, dias 31 de agosto (das a4H às 18H) e dia 2 de setembro (das 9H às 13H), no campus do IFPa, em Santarém.
Coordenadora de articulação regional da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes, Adriane toca o Cineclube da CASA BRASIL, da qual é coordenadora, além de ser uma das principais articuladoras do CINE PURAQUÉ e de estimular os monitores do Telecentros.BR de Santarém a desenvolverem atividades cineclubistas.
Ela afirma que trabalha forte com cineclubes porque acredita na possibilidade de democratização da linguagem cinematográfica, motivo pela qual ela convida pessoas para as sessões que dinamiza.
“O cineclube é uma forma de mudar a consciência critica das pessoas, quem tem este conhecimento vai longe, quando eu falo com as pessoas sobre estas ações, sinto que elas estão empolgadas para participar, seja do diálogo, seja do cineclube, que é uma ação colaborativa transformadora.

DIÁLOGOS - Os Diá-logos CINECLUBISTAS, que são experiências promovidas com parceiros artísticos, culturais e sociais, sob responsabilidade da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes, em parceria com o programa nacional de inclusão digital Telecentros.BR. Dessa vez, entretanto, dentro do FASOL – Fórum Amazônico de Software Livre, e com apoio da ONG Puraqué e projeto Network HACK-LAB.
A experiência garante ampla participação democrática de pessoas, grupos, coletivos, entidades, instituições e empresas que desenvolvem ações cineclubistas e/ou que realizam, produzem, pesquisam cinema e o audiovisual em geral, nas reflexões, formulações de pensamentos e proposições de projetos, programas e ações de natureza cineclubista.

Serviço – OFICINA DE CINECLUBISMO. Dia 31 de agosto, das 14H às 18H. DIÁLOGOS CINELCUBISTAS. Dia 2 de setembro. Das 9H às 12H. Local. IFPa, Santarém, Pará. Realização: PARACINE. PARCERIA: Telecentros.BR + FASOL + Network HACK-LAB + Puraqué. Coordenação: Adriane Gama, Arthur Leandro, Francisco Weyl.

© ATIVADORES AMAZÔNIDAS


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Glauber Navega na vanguarda

Navegar é preciso. É assim que escreve a saga dos povos ribeirinhos do pays das amazonas. Aqui, nesta imensidão de terra, um produtor cultural irado convocar os ancestrais, mais exatamente Oswlad de Andrade, para invocar a tropicália e ensinar como ela reverbera na América Latina.

Movido pos este e outros motivos, este home, que, mais que produtor, é cantor, mais que cantor, compositor, mais que compositor, poeta, organizou o CINEMA DE GLUBAER FALADO DE NOVO, uma cena histórica que tem a marca de vanguarda, sem trocadilhos, da VANGUARDA, jornal-revista projeto que também é ponto de mídia livre.

Macapá, Amapá, 14:35H

Carpinteiro de poesia e de cinema

FRANCISCO WEYL

Glauber Navega na vanguarda

Com apoio do governo do Amapá e algumas instituições e muitas gentes que têm coração no,lugar onde ele deve ficar – a alma, esse cara (Aroldo Pedrosa) desafia a Região e mostra para o Brasil que tem vida inteligente nos trópicos, aqui aonde a linha do equador risca uma imaginária utopia: é possível, sim, produzir conhecimentos, partilhá-los, com solidariedade, diversidade e liberdade.

Assim é este CINEMA DE GLUBAER FALADO DE NOVO sob o paradigma do Navegando na Vanguarda, um programa aberto por concertos de diversos ritmos (por que não dizer tropicalistas?), bandas de blues, de reggae, de hip-hop, gritos poéticos que cheguei a dar a partir das falas de Glauber, e, claro, projeções cinematográficas, cuja curadoria privilegiou tanto a obra artística do gênio homenageado quanto de outros realizadores como Sílvio Back e Erick Rocha, que também contaram com generosidade um pouco da saga glauberiana.

Macapá, Amapá, 14:35H

Carpinteiro de poesia e de cinema

FRANCISCO WEYL

Glauber Navega na vanguarda

A cena, que começou na segunda, dia 22 de agosto (30 anos sem glauber), prossegue até domingo, DIA 28, com uma MANIFESTAÇÃO TROPICALISTA DE CELEBRAÇÃO À FALTA QUE ELE NOS FAZ - com projeções de cenas do filme TERRA EM TRANSE nas paredes da Igreja Matriz de São José de Macapá - para rememorar as cenas parisienses dos estudantes militantes do maio meio oito.

Macapá, Amapá, 14:35H

Carpinteiro de poesia e de cinema

FRANCISCO WEYL

Glauber Navega na vanguarda

Esta noite, dia 25 de agosto, vai rolar BARRAVENTO, seguido dos meus comentários em diálogo tipicamente cineclubista com a galera bem disposta a digerir alguma coisa além do que estes enlatados que a subcultura americana nos impõe.

Amanhã, dia 26 de agosto, à marteladas, partirei ainda mais os cérebros que ainda resistirem da batalha que haveremos de travar logo após a exibição de BARRAVENTO.

Sob o tema dialético GLAUBER E NIETZSCHE, POETAS DA SÍNTESE, tentarei fazer um percursos que poucos conseguem superar e atravessar uma ponte que transporta o pensamento destes dois poetas-filósofos.

Macapá, Amapá, 14:35H

Carpinteiro de poesia e de cinema

FRANCISCO WEYL



Glauber Navega na vanguarda

O essencial disso tudo é que me sinto orgulhos de ser um cidadão amazônida e poder estar no Amapá a dialogar sobre Glauber Rocha e partilhar estas experiências que afirmam a diferença numa sociedade tão diversa, mas que é ainda obediente ás burocracias e normas institucionais e estéticas, pelo que, GRITAR GLAUBER em Macapá, Amapá, é, sem sombra de dúvida, uma ação paradigmática de natureza revolucionária – típica daqueles que acreditam no cinema e na arte como uma instrumento de (trans)formação da consciência e da existência humana.
Macapá, Amapá, 14:35H
Carpinteiro de poesia e de cinema
FRANCISCO WEYL



quinta-feira, 11 de agosto de 2011


CLARO, de Glauber Rocha


"Uma visão brasileira de Roma. Ou melhor, um depoimento do colonizado sobre a terra da colonização."
Tendo Roma como cenário e a cultura romana como alvo, Claro não tem um enredo narrativo e uma estrutura tradicional, misturando ópera (sobretudo a partir da trilha musical que reúne Bellini e Villa-Lobos), documentário, filme-testemunho e ensaio. A presença no elenco do instigante realizador italiano Carmelo Bene e da atriz francesa Juliet Berto valorizam um filme irreverente, provocativo, um dos mais autorais de Glauber e onde sua assinatura indelével se corporifica em cada plano.
 

ENTREVISTA
Por que este título?
Porque queria ver claro nas contradições da sociedade capitalista de nosso tempo.
Você está seguro de que esta clareza será transmitida também aos espectadores?
Não sou profeta. Creio honestamente ter feito um filme sem ambiguidades, quero dizer não ambíguo sobre o plano político. Por exemplo, parece-me bastante claro o momento em que, na conclusão do filme, a gente pobre ocupa literalmente a tela: o povo deve ocupar o espaço que lhe foi arrancado em séculos de repressão. Quanto a minha relação com o público, posso dizer que não tenho mesmo uma visão paternalista de espectador. A minha, pelo contrário, é também uma obra aberta, que deixa amplo espaço à livre interpretação, mas, repito, sem nunca ser ambíguo.
Diga alguma coisa sobre a protagonista feminina e sobre o significado da sequência inicial.
A protagonista é também um mito, um mito que atravessa o filme: poderia ser o mito da inocência, da ingenuidade em relação com o mundo hostil, repressivo. O diálogo musical do início, entre a moça e a voz fora do campo, é uma espécie de exorcismo, um fato ritual, um batepronto entre passado e presente, entre angústia e esperança. É também um modo de combater a neurose que creio ser um produto típico do sistema capitalista.
Entrevista com Glauber Rocha, no Paese Sera, Roma, edição de 23/jul./1975.

Título Original: Claro.Ficção, longa-metragem, colorido  (Eastmancolor), 3.000 metros, 110 minutos. Roma, Itália,  1975. Companhia produtora: DPT-SPA; Produtor: Alberto   Marucchi; Coprodutor: Marco Tamburella; Diretor de   produção:Ugo Persichetti Auteri; Produtores executivos:   Giacomo Lova e Loya Telli; Direção: Glauber Rocha;  Assistente de direção: Anna Carini; Diretor de fotografia: Mario Gianni; Técnicos de som: Manlio e Davide Magara; Música:  Samba de Roda, Maculelê, Bella Ciao, Casta Diva,   Internazionale Bandiera Rossa, Villa-Lobos, Vivaldi (As 4  Estações), João de Barro (Primavera no Rio), J. Flores e M. O.  Guerreiro (Índia, versão de José Fortuna, cantada por Gal  Costa). Elenco: Juliet Berto, Mackay, Luis Maria Olmedo (“El  Cachorro”), Tony Scott, Jirges Ristum, Luis Waldor, Betina   Best, Yvone Taylor, Francesco Serrao, Anna Carini, Jarine   Janet, Luciana Liquori, Peter Adarire, Glauber Rocha, Carmelo  Bene, o povo de Roma.

© FONTE: http://www.tempoglauber.com.br/glauber/Filmografia/claro.htm

quarta-feira, 25 de maio de 2011

CARTA ABERTA PELA ÉTICA NA POLÍTICA


CARTA ABERTA AOS REALIZADORES, PRODUTORES, ROTEIRISTAS, ATORES, TÉCNICOS, PROFESSORES, AMANTES, ENTIDADES ORGANIZADAS, INSTITUIÇÕES E GRUPOS INFORMAIS DO AUDIOVISUAL DO ESTADO DO PARÁ

A Federação Paraense de Cineclubes – PARACINE, entidade que representa cerca de 50 entidades cineclubistas do Estado do Pará, vem por este meio convocar a todos as pessoas interessadas em participar da construção de um documentário coletivo que terá como temáticas a campanha ora desencadeada pela ética na política paraense e que se configura neste momento na marcha e no abaixo-assinado pela instalação da COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO na Assembléia Legislativa do Pará.
Nesse sentido, queremos contar com a colaboração de todos, para que nos empenhemos em levar aquela que é a nossa maior arma, a câmera de filmar (qualquer que seja o seu modelo) para o ato público seguido de passeata que acontecerá no próximo dia 28 de maio, com concentração ás 9horas da manhã, em frente à Ordem dos Advogados do Brasil, OAB-PARÁ.
A idéia de um filme coletivo coroa a nossa concepção de cinema social ao mesmo tempo em que nos coloca a todos no mesmo patamar, qual seja o de cidadão responsável com a História desta nação e com as lutas do nosso tempo.
Carreguem as suas armas e as apontem contra este mar de lama no qual atolou a política paraense, de que têm sido exemplos os escândalos que mancham toda uma tradição de resistência, desde os nossos antepassados indígenas, os quilombolas, os cabanos e os guerrilheiros do Araguaia.
Chega de impunidade.
Basta de corrupção.
Quem estiver interessado em entrar neste projeto pode se chegar com o seu equipamento (A SUA ARMA) e captar as cenas da forma mais libertária e artística possível.
A nossa metodologia criativa coletiva pressupõe o olhar livre para filmar o que quer que seja.
A nossa proposta estética se ambienta nas possibilidades criativas que a dialética do percurso nos revela, no momento do acontecimento.
Sejamos pois livres para esta ação.
De seguida, marcaremos uma grande sessão cineclubista para assistirmos e dialogarmos sobre o que filmamos.
E aí decidiremos o que montar.
VIVA A ARTE
VIVA O CINEMA PARAENSE
Parafraseando o grande Glauber Rocha – pela voz do personagem Corisco: MAIS FORTE SÃO OS PODERES DO POVO.





Seguidores