segunda-feira, 30 de março de 2009

CRIADO-MUDO - NASCIDO NA DITADURA

http://www.criados-mudo.blogspot.com

PRA TRÁS, BRASIL - 45 anos pós-golpe

Colocar na ordem do dia o regime militar brasileiro – que durou quase 40 anos - significa assumir um compromisso com o presente deste país, que não pode apagar o seu passado, sob pena de não compreender o seu futuro, porque, afinal de contas, ainda há uma nova HISTÓRIA para ser escrita pelas mãos das gerações que lutaram e lutam por um mundo dignamente mais humano.
PRA TRÁS, BRASIL referencia um simbolismo espacial, na medida em que todas as suas imagens (entrevistas) são captadas na Praça da Bandeira, em frente ao Quartel do Exército, centro de Belém, Pará, portanto, é um documentário contra a ditadura, que se caracteriza, dessa forma, como um ato de rebeldia e de protesto contra o silêncio e todas as formas de omissão, opressão, repressão e preconceito político.
No documentário, o engenheiro agrônomo Humberto Cunha, ele próprio torturado pela ditadura na década de 60 – e, apesar disso, um grande construtor das lutas populares amazônidas, fundador da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, sendo também responsável pela formação política e cultural de várias gerações paraoaras -, responderá perguntas por mim formuladas.
É com este espírito que produzo, realizo, monto e projeto, nesta terça, dia 31 de março de 2009, 45 anos depois do golpe militar, este filme.
Se você quer fazer parte deste processo, vá até a Praça da Bandeira e faça uma pergunta para o Humberto Cunha, ou então envia uma pergunta, mas se você não pode nem ir até a Praça e nem mandar perguntas, aparece no Corredor Polonês Atelier Cultural (General Gurjão, 273, Campina), 20 horas, quando projeto este filme, no âmbito do Projeto Cinema de Rua (http://cinemaderua.blogspot.com).
A História do Brasil agradece.
©
Francisco Weyl

FICHA TÉCNICA:
PRA TRÁS, BRASIL – 45 anos pós-golpe
Entrevistado: Humberto da Rocha Cunha
Entrevistas, Câmara, produção, realização e montagem: Francisco Weyl
Tempo: (...)
Digital, Cor, Brasil, 2009

PROJEÇÃO: DIA 31 DE MARÇO DE 2009
20 HORAS
RUA GENERAL GURJÃO, 273 – CAMPINA
Com a presença do realizador e do entrevistado, para um debate público.

Apoio:
ORGANIZAÇÃO CULTURAL CORREDOR DA AMAZÔNIA
REDE APARELHO
CINECLUBE AMAZONAS DOURO
CINECLUBE CORREDOR POLONÊS

--
© Francisco Weyl
Carpinteiro de poesia e de cinema

terça-feira, 24 de março de 2009

O DOCUMENTÁRIO CONTRA A DITADURA

Camarad@s:

Farei um documentário a partir de entrevista com o camarada Humberto Cunha.
Penso ser importante a Vossa participação com perguntas.
Na Praça da Bandeira, dia 31 de março, às 10 horas da manhã.
(...)
E às 21 horas, projeto este filme-documental
no âmbito do CINEMA DE RUA (http:www.cinemaderua.blogspot.com),
na Rua General Gurjão, Bairro da Campina.
(...)
Agradeço a gentileza de divulgarem esta cena de guerrilha artística.
(...)
AXÉ!

--
© Francisco Weyl
Carpinteiro de poesia e de cinema

FONES: ( 91) 3241 9080 / 4009 2514 / 8412 8628

ACESSE:
http://resistenciamarajoara.blogspot.com
http://www.cinemaderua.blogspot.com
http://www.cinemapobre.org
http://www.mazagao.com. sapo.pt
http://www.cinemapobre.blogspot.com
http://www.alba.com. sapo.pt
http://www.carpintaria.blogspot.com
http://www.poesofia.blogspot.com
http://www.apostaladodapoesia.blogspot.com

Pra frente Brasil dia 31 de março.

O projeto Cinema de Rua exibe o filme "Pra frente Brasil", e na 'preliminar' do filme, tem a projeção audiovisual de uma série de entrevistas que estamos fazendo com cidadãos que sofreram tortura na ditadura militar. É na data do quadragésimo quinto aniversário do golpe militar que deu inicio aos anos de chumbo no Brasil....

Sinopse do filme: Em 1970, em plena época dos anos de chumbo, o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção brasileira de futebol, na Copa do Mundo realizada no México. Enquanto isso, prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas dessa violência.

Este evento faz parte da articulação artística em defesa da cidadania e dos direitos humanos, e pra manter viva a memória da história recente brasileira. 48H DITADURA NUNCA MAIS.

General Gurjão esquina da Bailique, a partir de 19h.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Prezados Athur, Crow, Weyl, Carlos e Cia...

E-mail do realizador Darcel Andrade, a propósito da projeção de seu filme POR QUE EU, no Projeto Cinema de Rua, dia 6 de março de 2009

Ecoam os sons da rua, dos carros, misturados ao som dos filmes que projetamos ontem no corredor polonês e as luzes dos faróis cruzadas a do projetor. Imaginem a cena numa visão global holográfica e cristalizando uma forma tridimensional como uma instalação de linguagens raras na formação de uma outra linguagem, poética.
Sentado à calçada, no batente das lojas, não somente assisti aos filmes propostos em uma programação, que só serviu de pretexto para reunir outra coisa maior, os sentidos e o valor do homem na concepção de um trabalho diferenciado de promover a poyesis entre sonho e realidade, vontade e atitude, encontro e resistência [aos modelos estabelecidos].
Weyl destacou o Apolíneo, o que habita no mundo dos aedos, e o trouxe para a nossa companhia, o Belo em Si, para o nosso mundo e filosofia fora do mundo das idéias, nesse encontro profano da realidade presente e palpável sem perder a beleza. Como ele mesmo diz: "ao trazer o filme para ser projetado, no meio da rua, a obra se transfigura".
A transfiguração, no sentido amplo da palavra, é transformação, é adquirir outras formas, inesperadas até, inusitadas, diferenciadas, compartilhadas, socializadas, degustadas pelos transeuntes que paravam para ver e ouvir imagem e vozes projetadas em um imenso lençol do outro lado da rua. Parecia proposital [palavra reducionista], mas não, o natural se adapta ao real, à ficção, e tudo de configura, ou melhor, se transfigura em uma composição tridimensional e surrealista: imagem projetada, vozes dos personagens, carros que passam e pessoas que se movimentam frente à tela, como figurantes, objetos de cena, e que fazem parte do cenário do próprio filme que está sendo exibido. E para completar, um público seleto de poucas pessoas que souberam e desejaram entender essa nova maneira de expressão.
Onde estão os críticos? Onde se encontram os apaixonados pelo cinema? Estão trancados nas salas de exibição? Onde está a mídia que gosta de mostrar bumbum das celebridades instantâneas? Deixo claro que meu entendimento sobre o que se expõe nesse contexto, está voltado exclusivamente a uma nova forma de expressão do cinema e sua inserção nos espaços alternativos.
Os sujeitos entrevistados após a projeção, sentados despretensiosamente no bar ao lado, revelam a importância desse projeto. São trabalhadores anônimos, homens e mulheres, moradores do bairro que movimentam a feira de cultura aos domingos na Praça da República, esses desconhecidos do grande público. Carlos, com seu gravador de ouro, soube garimpar um brilho de lucidez nas vozes desses intérpretes, daí a certeza de que a mensagem levada pelo filme Por que Eu?, sobre a transmissão vertical, foi compreendida. Esse é o papel do cinema de rua, que eu incorporo agora, no contexto de minha ótica, ao cinema papa-chibé.
Obrigado, mais uma vez. Voltei pra casa feliz, porque sei, que, de alguma forma, o filme fez a diferença para essas poucas pessoas, a nossa razão de ser!
Um grande abraço
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© Darcel Andrade

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