terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cinema de Rua concorre ao Prêmio ANU


A Central única das Favelas – CUFA abriu o processo de votação do Prêmio ANU e o projeto CINEMA DE RUA foi selecionado à competição, que acontecerá em duas etapas, uma estadual e outra nacional. Para votar basta acessar o site www.premioanu.com.br e se cadastrar.
Realizado pelo Cineclube Amazonas Douro em cooperação com a Rede Aparelho e o projeto Resistência Marajoara,o CINEMA DE RUA é uma séria pratica de intervenção artística e social, com uma dimensão necessariamente histórica, que consolida e divulga a arte cinematográfica, através de sessões cineclubistas nas ruas e praças periféricas da cidade de Belém do Pará.
De acordo com o autodenomidado carpinteiro de poesia Francisco Weyl, a proposta é trabalhar a organização de coletivos e o maior objetivo é levar o cinema para o povo, com um princípio ético e com um perfil diferenciado do grande cinema (“enlatado”), muito mais próximo aos interesses do mercado e da indústria cultural.
“O CINEMA DE RUA propõe a articulação da comunidade da periferia de Belém, através de diálogos e sessões cineclubistas centrados na solidariedade e na educação social, tornando-se dessa forma num instrumento de resistência e de organização social que aprofunda questões filosóficas de forma a que as pessoas que entram em contato com este projeto sejam instigadas a se apossar da natureza mítica, simbólica e dionisíaca da arte cinematográfica”, esclarece Weyl.
Ao projetar filmes de realizadores paraenses, da Amazônia e de outros rincões do país, desde que feitos com critérios que não o do lucro financeiro, o CINEMA DE RUA estabelece canais de diálogos e parcerias artísticas e sociais comunitárias com o foco na produção crítica do pensamento e na execução radical das ações de intervenção artística e social.
O cinema assim entendido – na rua -, ele se transubstancia. E a cidade com seus cidadãos passam a compor um novo filme, ao mesmo tempo em que desenham um novo cenário para este mesmo filme, feito desde e neste encontro confronto/convergência. É o cinema que finalmente chega até as gentes para as quais a arte deve ser direcionada.
“Quando o CINEMA DE RUA monta o circo, instala equipamentos (projetor, caixa de som, e a “panada” que substitui ao telão), ele chama a atenção da comunidade para a sua ação e imediatamente há uma ruptura com um conjunto de estruturas subjacentes ao grande cinema industrial, que limitam a criatividade humana, tornando-a simples expectadora”, finaliza.
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